Advogado é indiciado após ex acusá-lo de abuso em Manaus

Advogado é indiciado após ex acusá-lo de abuso em Manaus

Manaus (AM) – A Polícia Civil do Amazonas concluiu o inquérito que investiga o advogado Francisco Charles Cunha Garcia Junior pelos crimes de estupro, injúria e ameaça contra sua ex-funcionária, Marcela Nascimento Pinto.

O relatório final foi encaminhado ao Juizado Especializado da Violência Doméstica de Manaus, responsável pela condução do processo.

De acordo com a investigação, o crime ocorreu no dia 7 de maio de 2024, na Rua Sulamita, bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul da capital. A vítima relatou ter sofrido agressões físicas, psicológicas e sexuais por parte do suspeito. Além do depoimento de Marcela, prestado em duas ocasiões, o inquérito reuniu depoimentos de seis testemunhas e arquivos de mídia apresentados por ambas as partes.

O advogado Charles Garcia foi formalmente interrogado pela autoridade policial. Apesar de dúvidas sobre a dinâmica exata dos fatos, a delegada Patrícia da Silva Santos Leão optou pelo indiciamento, considerando a jurisprudência que valoriza a palavra da vítima em casos de crimes sexuais. O Ministério Público do Amazonas deve agora decidir se oferece denúncia contra o advogado.

Relembre o caso

Marcela Nascimento Pinto registrou boletim de ocorrência em abril deste ano, denunciando o advogado Francisco Charles Garcia Junior por estupro. A ex-funcionária relatou que, ao levar um copo de suco ao chefe, o encontrou nu, assistindo vídeos pornográficos, e foi forçada a praticar sexo oral. Segundo a vítima, o abuso durou cerca de 15 minutos, tempo em que permaneceu na sala para que outros funcionários não percebessem o ocorrido. Ela ainda afirmou ter sofrido outros episódios de assédio, mas temia denunciar o agressor por ele ser uma figura influente em Manaus. A vítima relatou estar em estado depressivo e solicitou medidas protetivas por temer pela própria vida.

Na ocasião, o advogado negou as acusações e afirmou ser vítima de extorsão por parte da advogada Adriane Magalhães. Segundo ele, Adriane teria utilizado a ex-funcionária para “ganhar dinheiro ilicitamente e alavancar a sua candidatura à vaga de desembargadora reservada à OAB-AM”.

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